A troca de mensagens entre Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Jair Bolsonaro (PL) mostram que ao articular as sanções do governo Trump contra o Brasil e autoridades do país, o deputado não tinha nenhuma preocupação com os condenados pelo 8 de janeiro, como alegam os bolsonaristas. Pelo contrário, as falas do parlamentar deixam claro que ele era contra anistiar os que participaram da depredação das sedes dos Três Poderes. Fica evidente que a única intenção de Eduardo era salvar o pai da cadeia.
Anistia Light não interessa
“Se a anistia light passar, a última ajuda vinda dos EUA terá sido o post do Trump. Eles não irão mais ajudar”, argumenta o deputado em conversa com o ex-presidente. “Temos que decidir entre ajudar o Brasil, brecar o STF e resgatar a democracia OU enviar o pessoal que esteve num protesto que evoluiu para uma baderna para casa num semiaberto”, completa ele.
PF indicia Jair e Eduardo Bolsonaro em inquérito sobre tentativa de golpe e pressões contra STF
Divulgação de fala enterra de vez articulação bolsonarista no Congresso
No Congresso, havia uma articulação para a votação de um projeto que reduzisse as penas por crime de multidão, o que livraria a maioria dos condenados pelos atos golpistas, mantendo os processos para aqueles que, como Jair Bolsonaro, são os “cabeças” do movimento.
As declarações de Eduardo Bolsonaro expõem a estratégia do deputado. A família não quer anistiar as “velhinhas com a Bíblia”, nem o pipoqueiro, ou a “Débora do batom”. O único e exclusivo objetivo dos Bolsonaros é salvar Jair da condenação e da prisão. Mesmo que para isso seja preciso sacrificar todo o País.