A já tensa relação entre Venezuela e Estados Unidos atingiu um novo patamar após a procuradora-geral estadunidense, Pam Bondi, fazer acusações graves contra o presidente Nicolás Maduro. Em declaração que alimentou a escalada de retórica belicosa, Bondi classificou o líder chavista como “um dos maiores narcotraficantes do mundo”, alegando que ele mantém vínculos diretos com o Cartel de Sinaloa, no México, e com a organização criminosa venezuelana Trem de Arágua.
Do outro lado da acusação, a presidente do México, Claudia Sheinbaum, entrou no debate para afirmar que não existem provas concretas que sustentem a alegação de uma ligação entre Maduro e o cartel mexicano, negando assim um dos pilares da narrativa construída pelos Estados Unidos. O episódio aprofunda a crise diplomática e contribui para a crescente instabilidade na região.
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Como suporte para a acusação, a autoridade estadunidense afirmou que a DEA (Agência Antidrogas dos EUA) apreendeu 30 toneladas de cocaína supostamente ligadas ao regime de Caracas, sendo que sete toneladas teriam associação direta com o próprio Maduro.
A resposta de Caracas não se fez esperar e foi dada em tom combativo, rejeitando veementemente as alegações e classificando-as como mera “propaganda política” destinada a justificar a pressão internacional.
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