O Ministério da Saúde começou a distribuir gratuitamente dois novos modelos de camisinha no Sistema Único de Saúde (SUS): a texturizada e a fina. A novidade amplia a oferta além da versão tradicional e busca incentivar o uso de preservativos, especialmente entre jovens, reforçando a prevenção contra o HIV, hepatites virais, sífilis e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). O uso do preservativo também ajuda a evitar gestações não planejadas.
A inclusão da camisinha texturizada, que proporciona uma experiência sensorial diferente, e da versão fina, que mantém a mesma proteção com sensação mais natural, pretende tornar o preservativo mais atrativo e adaptado às preferências individuais. A estratégia responde a desafios apontados por pesquisas e pela Organização Mundial da Saúde: a queda no uso, sobretudo entre jovens, e a baixa procura por preservativos em estados e municípios após a pandemia de Covid-19.
Com embalagens modernas e eficácia de proteção igual às versões anteriores, os novos modelos farão parte da meta de distribuição de 400 milhões de unidades neste ano. Até agora, o SUS oferecia apenas dois tipos: a camisinha externa (de látex) e a interna (de látex ou borracha nitrílica).
A ampliação integra a estratégia de Prevenção Combinada, que associa diferentes métodos para reduzir o risco de infecção, incluindo preservativos, gel lubrificante, PrEP e PEP, diagnóstico e tratamento de ISTs, vacinação e ações de promoção da saúde sexual e reprodutiva. A retirada é gratuita nas Unidades Básicas de Saúde, sem necessidade de apresentar documento e sem limite de quantidade, garantindo acesso a toda a população.
- Tratamento oral para tumores cerebrais é liberado no Brasil
- Dourados (MS) recebe primeira unidade do Samu indígena do Brasil
- Governo Lula troca dívida de planos por atendimento a pacientes do SUS
Uso ainda é baixo no Brasil
De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde (2019), entre pessoas com 18 anos ou mais que tiveram relação sexual no último ano, apenas 22,8% afirmaram usar preservativo em todas as relações, 17,1% usaram às vezes e 59% disseram não ter usado nenhuma vez.
O Ministério da Saúde reforça que As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos, sendo transmitidas, principalmente, por meio de relações sexuais sem o uso de preservativo, caso um dos parceiros esteja infectado. O uso da camisinha em todas as relações sexuais é o método mais eficaz para a proteção contra o HIV e outras IST.
Bookmark