Não foi desta vez que o general e ex-candidato a vice-presidência na chapa de Jair Bolsonaro conseguiu sair da prisão. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou recurso da defesa do militar para que ele deixasse a cadeia.
Braga Netto está preso desde dezembro de 2024, sob a acusação de obstruir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado no país para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Moraes não só rejeitou o pedido de soltura feito pelos advogados dele, como reafirmou que há indícios claros da participação do general na tentativa de golpe no governo Bolsonaro.
Ressalto que estão presentes os requisitos do art. 312 (CPP) em relação a Walter Souza Braga Netto, o que justifica a manutenção da custódia cautelar para assegurar a aplicação da lei penal e resguardar a ordem pública, em face de perigo gerado pelo estado de liberdade do custodiado e dos fortes indícios da gravidade concreta dos delitos imputados
apontou o ministro.
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Segundo a Polícia Federal, Braga Netto foi um dos principais articuladores do plano golpista. De acordo com as investigações, ele tentou obter dados sigilosos da delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
Cid também afirmou ter recebido dinheiro do general dentro de uma sacola de vinho para que fosse repassado ao major do Exército Rafael de Oliveira, integrante dos kids pretos. Segundo a apuração da PF, o dinheiro seria destinado ao financiamento das ações do plano golpista, incluindo as do chamado plano “Punhal Verde-Amarelo”, que previa o assassinato de Moraes, do presidente Lula e seu vice, Geraldo Alckmin.
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