De acordo com uma projeção feita pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), o tarifaço dos Estados Unidos contra o Brasil, articulado pela família Bolsonaro, que entrou em vigor nesta quarta-feira (06), deve reduzir o PIB brasileiro em R$ 25,8 bilhões no curto prazo e em até R$ 110 bilhões no longo prazo.
Os setores industriais mais atingidos, de acordo com o estudo, serão siderurgia, fabricação de produtos de madeira, calçados, máquinas e equipamentos mecânicos. Na agropecuária, o maior impacto será sobre a pecuária, especialmente a cadeia da carne bovina, que continua fora da lista de isenções tarifárias e representa parcela significativa das exportações nacionais.
Ainda segundo o levantamento da Fiemg, a perda de renda das famílias pode alcançar R$ 2,74 bilhões em até dois anos, além da eliminação de cerca de 146 mil postos de trabalho, formais e informais.
O estudo mostra que apesar da isenção concedida a 694 produtos, que representam cerca de 45% do valor exportado pelo Brasil ao mercado estadunidense, os efeitos negativos das ações da família Bolsonaro contra a economia nacional serão expressivos.
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Em 2024, o Brasil exportou aproximadamente US$ 40,4 bilhões para os EUA, o equivalente a 1,8% do PIB nacional. Metade desse valor é de combustíveis minerais, ferro e aço, e máquinas e equipamentos.
Em um dos raros momentos de jornalismo em Brasília, o protesto de bolsonaristas com esparadrapos na boca virou motivo de piada nas redes. O repórter Humberto Sampaio, do portal BNews, deu um show a fazer perguntas objetivas, desestabilizando os ultraconservadores, e não dando palco para a encenação.
Desde quando descumprir ordem judicial virou facultativo no Brasil?
questionou o repórter, deixando os parlamentares sem resposta.
A pergunta foi feita durante a coletiva improvisada pelos bolsonaristas na área externa do Congresso, onde senadores e deputados se apresentaram com esparadrapos na boca em protesto contra a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro (PL) e pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Participaram do ato patético os deputados Cabo Gilberto (PL-PB), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), Rodrigo Dazaeli (PL-MT) e Hélio Lopes (PL-RJ).
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