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Violência contra mulheres bate recorde histórico em 2024

63,6% das vítimas são negras, o que levanta o alerta sobre o racismo estrutural na violência de gênero. (Foto: Freepik/reprodução)

1.492 mulheres foram vítimas de feminicídio, o que equivale a quatro mortes por dia

O Novo Anuário Brasileiro de Segurança Pública trouxe um triste fato sobre o Brasil: 2024 marcou um recorde de casos de feminicídios e estupros. Nunca um ano teve tantos registros desses crimes na história do país, desde o começo da série histórica. 

Segundo os dados obtidos, 1.492 mulheres foram vítimas de feminicídio, o que equivale a quatro mortes por dia. Notadamente, são crimes cometidos por companheiros ou ex-companheiros das vítimas. 64,3% das mulheres foram mortas dentro da própria casa, e o tipo de arma mais utilizado para cometer essas barbáries foi a branca, com prevalência de 48,4%.

A maioria das mulheres tinha entre 18 e 44 anos e, dentro disso, assusta o recorte racial, com 63,6% das vítimas sendo negras, o que levanta o alerta sobre o racismo estrutural na violência de gênero.

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Outros casos que registraram um crescimento alarmante foram os de estupros. Apenas em 2024, 87.545 estupros foram registrados no país, simbolizando uma média de um ataque a cada seis minutos. 66% desses crimes aconteceram dentro de casa, com 77% das vítimas sendo crianças de até 13 anos. Em quase metade dos episódios contabilizados, o agressor era um familiar.

Entre os estados menos seguros para as mulheres, o campeão é Roraima, com a maior taxa de estupros (137 a cada 100 mil habitantes), seguido pelo Acre e por Rondônia. 

Das cidades que lideram o ranking nacional, Boa Vista registrou a taxa mais alta. Isso só comprova o óbvio: enquanto os índices de violência crescem, é preciso maior urgência, fiscalização e proteção às vítimas, investindo de modo maciço em educação, prevenção e punição.

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